Com a taxa de juros no mercado futuro sinalizando queda no longo prazo, muitos investidores já começam a se coçar em relação a alocação de médio e longo prazo. Sabendo que tendem a ganhar menos nos investimentos mais tradicionais como os fundos pós-fixados, muitos começam a buscar alternativas como títulos pré-fixados, indexados a inflação, fundos multimercados e, porque não, em fundos imobiliários.
Desde Abril de 2013, momento em que o Banco CentraBanco Central começou a subir a taxa de juros de mercado, saindo de 7,25% ao ano e fazendo uma parada para respiro apenas nos 14,25% a.a, atual patamar, compradores de fundos imobiliários começaram a perceber que a renda dos aluguéis estava abaixo daquela proporcionada pela renda fixa. Com isso, houve a venda em massa desses ativos por parte do mercado. Investidores despreparados e movidos pelas emoções começaram a vender suas posições e a realizar o prejuízo.
Fundos imobiliários no contexto atual
Em suma, com o impeachment da presidente Dilma e entrada do vice-presidente Michel Temer e sua equipe econômica, o mercado ganhou confiança e muitos economistas começaram a acreditar na queda da taxa de juros de longo prazo. Isso refletiu diretamente nos juros de longo prazo conforme demonstrado abaixo no gráfico do DI Futuro 2020.
Quando o mercado acha que a taxa de juros cai é porque a inflação irá cair primeiro. Por isso, não adianta sair comprando títulos que pague inflação apenas, pois uma variável puxa a outra.
Logo, o que fazer sabendo que ainda temos uma taxa de juros alta? Garantir uma rentabilidade fixa.
Além dos tradicionais títulos públicos Federais, LTN’s, que pagam uma rentabilidade pré-fixada, a maioria dos fundos de investimentos imobiliários (FII’s) estão abaixo do valor patrimonial. Algo em torno de 68%. Isso quer dizer que você esta comprando algo que vale R$ 100,00 por apenas R$ 68,00.
Em resumo, esse ainda não é o principal atrativo, pois como falamos, a taxa de juros de longo prazo está em queda. Se isso se consolidar nas próximas reuniões do COPOM, o movimento que vimos de venda de fundos imobiliários no passado, voltará a ser de compra. Logo, você que entrou primeiro, terá um ganho na valorização da sua cota. Destaco ainda, que o grande atrativo desses investimentos é a renda mensal do aluguel que hoje gira em torno de 0,90% ao mês em média. Se a taxa cair, para 10% ao ano, muitos investidores pensarão em trocar sua renda fixa por FII’s, mas, nessa hora, as cotas já estarão valorizadas.
Considerações finais
Desse modo, destaco que o fundo imobiliário é um investimento moderno que substitui o tradicional investimento em imóvel. Afinal, a vantagem principal é a facilidade de comprar e vender por meio do homebroker, sem se preocupar com inquilino, tendo a renda isenta de IR para pessoa física. Isso além do acesso a grandes empreendimentos como shoppings, que individualmente seria inacessível a pequenos investidores. É, portanto, um investimento de longo prazo e não para traders!
Se você quer renda e tem horizonte de longo prazo, considere esse investimento.