Não é novidade para ninguém que o modelo de previdência pública é insustentável a longo prazo. Mas, será que você sabe que, possivelmente, será um “sem previdência” caso nada seja feito? O buraco é bem mais embaixo.
Atualmente, a previdência pública social utiliza o mutualismo, ou seja, o recolhimento dos atuais trabalhadores paga o salários dos aposentados. Pelo menos isso é o que deveria acontecer. Porém, esse ano, o rombo do INSS deve fechar em quase 200 bilhões, o que é algo assustador, pois equivale a 3% do PIB.
Os motivos para isso estar acontecendo são muitos, como a queda do emprego com carteira assinada, fraudes no INSS, informalidade de muitos trabalhadores, alta da inflação que ajustou o salário dos aposentados, entre outros. Em resumo, o governo está arrecadando menos do que se paga.
Em síntese, para ter-se uma ideia de como essa dívida cresce, em 2014 e 2015 fechamos com rombos de R$ 56 e R$ 87 bilhões, respectivamente. Isso mesmo, de R$ 87 para R$ 200 bilhões de um ano para o outro. Motivos não faltam para duvidar da solidez do INSS.
Para piorar tudo isso:
- A população está se aposentando cada vez mais cedo.
- As pessoas estão vivendo mais.
- Os gastos com a saúde e remédios chegam a subir seis vezes após os 60 anos.
- A maioria dos aposentados continua trabalhando, depende de caridade, depende dos filhos e diminui o padrão de vida, pois o valor recebido do INSS não é suficiente para arcar com as despesas.
Isso justifica o aumento dos casos de depressão entre os aposentados.
Considerações finais
Portanto, diante desse cenário, o que fazer? Chorar e rezar ou começar a poupar para o futuro? Afinal, não queira depender do INSS ou contar com a sorte de uma mudança do sistema ou correrá o risco de entrar na estatística acima e se tornar um “sem previdência”.
Finalmente, comece já a poupar e guardar para seu futuro. Se você não é muito disciplinado, recorra ao VGBL, previdência privada, mas tome cuidado com as taxas entubadas pelos bancos. Ou seja, prefira as seguradoras, Icatu Seguros, Mapfre e Sulamérica. Elas não cobram carregamento, possuem menores taxas de administração e melhores retornos. Considere também uma carteira com títulos públicos. Comece já a poupar, o pouco hoje, pode ser muito amanhã. Uma regra boa é a 80/20, tente guardar 20% de tudo que você ganha para o futuro.
Sorte a sua se ainda tem tempo para construir um futuro diferente.